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Os Replicantes estrearam nos palcos em maio de 1984. No ano de 2024 chegam aos 40 anos com projeto que inclui documentário, livro, exposição e muitos shows. Suas apresentações são uma massa sonora de contestação e diversão. No repertório estão as clássicas canções que viraram hinos do punk rock brasileiro como Surfista Calhorda, Nicotina, Sandina, Maria Lacerda, Festa Punk e Rock Star.
Nessas quatro décadas teve três vocalistas, Wander Wildner, Carlos Gerbase e há 17 anos tem Julia Barth. Produziu 13 álbuns, mais de 100 canções autorais e clássicos videoclipes. Foram três Dvd’s, está em várias coletâneas, filmes em longa metragens como Um Filme Sobre Um Bom Fim e Tolerância, além da minissérie Carandiru da Rede Globo.
O álbum de estreia O Futuro é Vortex (1986) é considerado pela revista RollingStone como os 100 melhores do rock nacional. Já no livro os 100 Grandes Álbuns do Rock Gaúcho (foto), o álbum ficou em primeiro lugar na lista dos melhores discos de rock gaúcho.
A banda também é citada em muitas bibliografias da história do rock brasileiro como o Brock – O Rock Brasileiro dos Anos 80, Dias de Luta – O Rock e o Brasil dos Anos 80 e Punk – Anarquia Planetária e Cena Brasileira.
Os Replicantes já realizaram três turnês europeias em 2003, 2006 e 2014, sempre de forma independente. Na estrada produziram o cd “Go Ahead Replicantes” e o Dvd “Ao Vivo na Europa”. Entre os shows estão o aniversário de 900 anos do Porto de Hamburgo/Alemanha, o Festival Funk North Pole/Noruega no qual dividiram pela segunda vez o palco com os Dead Kennedys, além de apresentações em Paris e Viena na segunda e terceira turnês. Também foram convidados para tocar na festa de premiação da MTV, o VMB – Video Music Brasil, em 2003, dividiram o palco com o Skank tocando Surfista Calhorda e Ramones.
Durante a pandemia de Covid produziram duas lives, uma delas para comemorar os 35 anos do álbum O Futuro é Vortex – De Vortex à Libertá; cinco videoclipes – Libertà, Feminicídio, Bergamotas, Nightmares e Corrida Espacial, assim mantiveram e fidelizaram ainda mais os seus fãs.
A atual formação que já dura 17 anos está Julia Barth nos vocais, Heron Heinz – baixo, Claudio Heinz – guitarra e Cleber Andrade – bateria.
Os Replicantes eram os androides de Blade Runner, mesmo programados para terem uma vida curta, permanecem nos palcos por quatro décadas. Nunca deixaram de produzir e registrar sua trajetória. Nasceram de forma independente, dialogaram com a indústria fonográfica, ajudaram a montar um circuito alternativo brasileiro e mantiveram o verdadeiro espírito do-it-yourself nesses 40 anos de estrada.
